sábado, junho 24, 2006

A arte de Cagar

O momento de cagar é único. O estomago avisa que está na hora de liberar as porcarias, o que ele não conseguiu aproveitar. O aviso não é muito agradável. Começa com uma pressão na barriga, alguns roncos, peidos - brroooom. Ta na hora de sair correndo. O cara não ta pra brincadeira. Este aviso poderia ser mais educado, sei lá, uma forma de avisar internamento como um despertador, uma dor de cabeça. Um puxão de orelha, porque não? Pelo menos não iriamos passar vergonha com os barulhos mais altos e graves que o estomago toma a liberdade de fazer nas horas mais impróprias.

Tenho uma mania de sair procurando alguma coisa para ler, um jornal, uma revista, até panfletos de propaganda. Isso eu chamo de cagada cultural. Foi com um professor de História que eu aprendi isso, ele falava:- Aproveite o momento de cagar para estudar a história do Brasil- só não sei se isso tem alguma conotação com a nossa própria História. E o que você acha que eu estava fazendo quando tive a idéia de escrever sobre este assunto? Sim, e lendo um jornal, mais precisamente uma crônica, não sobre este assunto. O único problema que vejo nisso é - pelo menos é o que acontece comigo - enquanto não acabo de cagar, não termino de ler o que me interessa, e se termino de ler o que me interessa, acabo de cagar, entendeu?Não, bom, deixa pra lá. É só uma teoria de que um ato influencia o outro.

Não é a toa que cagar faz sinônimo com problemas difíceis de resolver. É sujo, é nojento, é difícil de limpar - neste caso se o cara é o famoso espalha bosta -, e principalmente fedorento. Isso é uma coisa que não ficou muito legal na nossa materialização como seres humanos. Tem que feder tanto? Imagina uma garota, loira, Sueca, linda, você a encontra na porta do banheiro de uma casa, onde você foi convidado para uma festa. É impossível deixar de relacionar o fedor que vem do banheiro com a Sueca, linda, bla bla bla. Por mais que você tente associar o fedor com outra pessoa que possa ter ido ao bainheiro antes dela, não dá, não tem como. A Sueca não é perfeita.

E quando o papel higiênico acaba - É claro que isso não acontece com você, isso sempre acontece comigo. É sempre na minha vez. Porque? - Dae procura no armário, não tem. É meu velho, cago tudo. Todos os seus planos com a Sueca foram por privada abaixo, vai ter que gritar - SOCORRO, O PAPEL HIGIÊNICO ACABOU!!!! - e adivinha quem escutou e atendeu as suas preces, a Sueca. Dae ela chega com aquele sorrisinho, você é claro todo vermelho, e cagado, atrás da porta, bom dai o resto da história você já conhece.
Uma vez eu me safei duma destas, em um antigo emprego estava lendo o jornal do dia, bem belo, no trono é claro. Quando dei por mim, o papel higiênico acabou. Procurei em todos os lugares do banheiro e nada do tal papel higiênico. Neste momento pensei: - Não acredito que vou fazer isto. Não acredito. Recorri ao bom e velho Jornal. Nada agradável por sinal, é áspero, machuca e não limpa muito bem. E uma dica, não coloque o jornal na privada para tentar esconder a prova do crime, ele tranca e desentupir a privada é nojento.

Não tem como evitar, nem as Suecas. A cagada cultura é ótima, coloca os assunto em dia e torna o ato mais tranqüilo, menos insignificante e ainda pode salvar você na hora H.
E que aquela expressão - Essa gata deve cagar flores - funcione ao pé da letra em um futuro próximo.

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